MINHAS MÚSICAS - PSY TRANCE

MINHAS MÚSICAS - ELETRO-HOUSE

A REPERCUSSÃO DAS RAVES NA MÍDIA

QUE VAI EM RAVE, É PRA SE DROGAR?
Ao que tudo indica as raves parecem ter definitivamente
ter saído do underground para cair na mídia. Desde o
dia 13/02/05 com uma matéria sobre as raves apresentada
no programa Domingo Espetacular
da Rede Record, a palavra
“rave” teve seu significado distorcido e a cena
sofreu um certo tremor (lembram da matéria da Globo
em 2002 depois do Celebra Brasil 2??).



A reportagem de formato tendencioso, dizia que essas
festas eram locais de pura libertinagem juvenil, onde
as drogas e sexo rolam livremente, sem qualquer intervenção
ou fiscalização por parte de autoridades.



O que a rede Record fez foi apenas mostrar os aspectos
negativos dessas festas e que com certeza não se limitam
somente a estas e sim a quase todos os locais de diversão,
sejam eles pagodes, micaretas, boates ou até mesmo inofensivos
churrascos, isso sem contar o carnaval, que é o maior
festival sazonal, aparecendo em todas as emissoras de
tv e ocorre em todas as cidades brasileiras.


Com
textos sensacionalistas como "o
amanhecer da rave tem cheiro de maconha” e depoimentos
de ex-viciados que freqüentavam raves, a reportagem
teve a intenção de desmoralizar um tipo de festa onde
existem pessoas e empresas sérias trabalhando e tem
patrocínio de grandes empresas, generalizando inclusive
que todos que freqüentam e produzem são usuárias ou
tolerantes ao uso de drogas.


Em um dos principais veículos de divulgação e troca
de idéias sobre raves na Internet no Brasil, o
Orkut, esse golpe foi sentido. A repercussão
causou a apreensão e revolta das pessoas que estão cadastradas
em várias comunidades que tratam do assunto (leia
o depoimento no final da matéria)


Um
grande problema gerado por esse tipo de reportagem é
a impressão criada de que as raves são eventos que giram
em torno das drogas, marginalizando os freqüentadores
de raves como usuários. A verdade é que, a grande maioria
das pessoas freqüentam as raves por gostarem do som,
para encontrar os amigos, por apreciarem a vibe desse
tipo de festa e/ou por se sentirem parte daquela cena.


A reportagem deixou muitos pais de cabelo em pé e muitos
jovens inocentes de qualquer acusação estão sendo proibidos
de ir a raves. Mas ai vem a pergunta pertinente do momento
e que a mídia ainda não quis explorar, talvez por falta
de interesse ou por que não dá ibope: onde esta o contra-ponto?


Em
nenhum momento foi mencionado que nas raves a ocorrência
de brigas é minúscula e muitas vezes nula, ou então
onde até a mais reprimida das pessoas consegue se soltar
e fazer amigos, onde as boas e grandes organizações
conseguem trazer artistas de excelente qualidade, onde
há o contato com a natureza, onde há festas que conseguem
mobilizar pessoas do Brasil inteiro?


Quando se quer obter ibope, usa-se o sensacionalismo
e generalizam os fatos para denegrir a imagem destas.
Os aspectos positivos são deixados de lado, são desinteressantes
para o público em geral, e por isso não geraria a audiência
pretendida.


Estaria
sendo hipócrita em dizer que não há drogas em raves,
assim como existem em colégios, empresas e até mesmo
em instituições do governo... afinal aonde não há??


Outro ponto importante a ser ressaltado, é que como
festas relativamente caras, as raves são freqüentadas
geralmente por pessoas de classe média e alta, que trabalham,
estudam, fazem faculdades, tem metas e planos de vida
e não por um bando de perdidos em busca da próxima dose,
como apregoou a dita reportagem.


Esse
site tem como objetivo divulgar raves e ressaltar o
lado positivo delas e, enquanto acreditarmos nestas
idéias, estaremos apoiando o trabalho sério dos diversos
organizadores de festa, trazendo informação de confiança
e promovendo campanhas anti drogas. Vamos assim defender
veementemente essas festas que todos nós tanto gostamos.


Por último temos o depoimento do criador da comunidade
“RAVES” do ORKUT, Mauro Fernandes, sobre a reportagem:


“Bom,
sobre as raves eu acredito que este tipo de reportagem
só quer enxergar o lado sensacionalista, o que dá ibope
mesmo, primeiro foi com o FUNK
nos morros (onde a TV dizia que "quem vai em baile funk
vai para fazer orgia"), depois o alvo da mídia foram
as festas RAP ("festas
de muita violência, onde todos vão armados") e agora
infelizmente é a nossa vez, com o jargão "quem vai em
rave, vai para se drogar". Eles ganham ibope, nós nos
ferramos e quem assiste e não conhece, (telespectadores)
ficam com a idéia do que eles passam. Só aspectos negativos.
Poderiam mostrar que estas festas juntam milhares de
pessoas que gostam de dançar, fazer amizades e que todos
se respeitam. Não mostram o belo trabalho artístico
que os DJ´s produzem. Não há uma única confusão. Isso
eles não mostram. Não daria ibope. Nem dinheiro.


No caso específico na rede
RECORD, eu fico ainda mais puto da vida porque
a igreja universal (que manda na RECORD) faz parecer
que tudo o que eles pregam é a verdade absoluta, uma
verdadeira manipulação da massa. É aí que lanço pergunta:
nunca fui em um culto religioso, quem vai é para sofrer
exorcismo? Parece-me ,aliás, quem vai tem demônio no
corpo e pecados na mente ? Isto daria uma bela polêmica
não?


Bom,
quanto à comunidade Raves, eu realmente não estava 100%
presente para saber tudo que estava acontecendo por
lá. Depois da reportagem fiquei ciente que eu tenho
um canal de comunicação e expressão que precisa de cuidados
pois estava sendo mal utilizado. Pior. Foi utilizado
CONTRA nós. O propósito
NUNCA foi de fazer
apologia à drogas, assim como NENHUMA
rave tem este propósito. O problema é que muitas das
pessoas que escreveram besteiras (e a maioria das que
foram mostradas na reportagem) eram o que chamamos de
"bogus", ou seja,
pessoas que criam falsos profiles e entram nas comunidades
(não só a Raves) para fazer estardalhaço.


Depois disso, fiquei assíduo, bani e continuo banindo
todos que fazem apologia à drogas e apago todos os tópicos
relacionados. Não gostaria que fosse assim, mas por
causa desses "bogus"
e 1/2 dúzia de moleques inconseqüentes tive que tomar
estas ações.


A comunidade Raves está e sempre estará de braços abertos
para divulgar as festas e transmitir tudo o que elas
tem de bom a oferecer. Sempre estará aliada ao BaladaPlanet
e a todos que gostam e querem fazer o melhor para que
não consigam acabar com a NOSSA festa. A música não
pode parar ,obrigado !”



Por Rodrigo Reinelt

Colaborador BaladaPlanet